Olha o universo e avalia a sua dimensão…
Assim terás ideia de quão grande é minha paixão.
Dá limites ao infinito…
Uma simples limitação
Veras os limites do sentimento…
Do sentimento que me arrebata o coração.
E mesmo assim será difícil quantificar todo este querer…
Que preenche por completo todo o meu ser.
Recorre a todas as fórmulas matemáticas,
De difícil resolução…
E mesmo assim não vais conseguir
Ver a sua real extensão.
Socorre-te de todas as ciências
E das suas maquinas de pensar
No entanto não perceberas
Do que estou a falar
Sem limites ou barreiras
O que sinto cá dentro não tem fronteiras…
Deixa arder, deixa queimar…
Toda a raiva presente em mim.
Deixa arder, deixa queimar…
A raiva que me faz ser assim.
Deixa arder, deixa queimar…
A revolta por mim demonstrada.
Deixa arder, deixa queimar…
Não podes fazer mais nada.
Deixa arder, deixar queimar…
O fogo da minha paixão.
Deixa arder, deixa queimar…
Meu miserável coração.
Deixa arder, deixar queimar…
A minha vida sem sentido.
Deixa arder, deixa queimar…
Este ser pouco combativo.
Deixa arder, deixa queimar…
Este mundo sem solução.
Deixa arder, deixa queimar…
Toda a sua podridão.
Deixa arder…
Deixa queimar…
Quem mais, se não, tu?
Ó luz imensa, que iluminas minhas trevas.
Deixando de parte todas as charadas,
E todas as formas, belas de te dizer isto…
Aquelas metáforas enroladas,
Que nada mais são do que isto…
Tu foste e és, a luz que ilumina minha escuridão.
Tu foste e és, a corda de minha salvação.
Tu foste e és, a alegria que me reanima.
Tu foste e és, o sonho que me domina
Tu…
Tu e a tua presença alada,
Que me leva para um mundo.
Onde não há mais nada…
Se não tu…
E este sofrimento inerente,
Ao tanto te querer…
Desaparece de repente…
Apenas por te ver.
Porque tu…
Porque tu és a fonte da minha demência.
Porque tu és o alçapão da minha inconsciência.
E ninguém, e nada mais se não tu…
Me faz delirar,
De forma desgovernada.
Me faz desejar,
De forma acelerada.
Me faz…
Me faz perder totalmente
Me faz cair impotente
Me faz rir, me faz chorar…
Me faz viver, me faz amar…
Deitado, impávido e sereno…
Focando um ponto inexistente
Numa parede irreal.
Meu cérebro contundente
Que bate tão mal…
Deixo-me consumir
Por este meu trágico cogitar.
Procuro a mente iludir
Neste tanto, almejar…
Ainda persigo ilusões
Ainda cobiço irrealidades.
Me debato contra as frustrações
E as suas fatalidades.
Mas, que se lixe, que se foda…
Antes assim! Ser um sofredor…
Sentir, e ter sentimentos.
Dá-me mais valor.
A vida?
Que é a vida, senão
Um sem número de sonhos
Desfeitos no chão.
Se não um sem numero
De realidades ficcionadas,
Num incontável universo
De frustrações não realizadas.
Nos deslocamos entre esta floresta
A que chamam viver…
Entre gente que não presta
Gente, que nos faz morrer.
Desconheço a razão, ou o sentido
Que nos faz viver neste mundo fodido.
Neste cansaço constante
Neste orbe de Dante.
E depois… o seu culminar…
Que chega de forma amaldiçoada.
Nos faz questionar:
O porque da chama apagada?
E vamos dando atenção, e valor
A pequenas insignificâncias.
Desperdiçamos a vida, o amor
Por merdas, e arrogâncias.
Desencontrado me encontro, neste momento…
Perdido neste lugar, que me é tão conhecido…
A saudade é um monstruoso sentimento.
Ao qual me rendo, e dou por vencido.
Venham aqueles melhores dias
Onde o sol se dispõe a brilhar.
Venham esses notáveis dias
Onde me consigo encontrar.
Venha a tua cara sorridente…
Venha o teu brilho ofuscante…
Venham os dias em que sou contente,
E deixo de ser aberrante.
Venha toda essa euforia
Que é ter-te por perto.
Tua presença cheia de magia
Que, ressuscita meu deserto.
Que venham aqueles melhores dias…