Quarta-feira, 30 de Março de 2011

Que mais poderei dizer?

Sobre aquela que meu coração faz bater.

Já mil versos sobre ti…

Dediquei e escrevi.

 

No entanto tanto fica por escrever…

E tanto mais fica por dizer…

Sobre aquela que meu coração faz bater.

 

Poderia novamente compara-la

Á minha antimatéria.

-GRITAR… Lembra-la,

Que sem ela, tudo é miséria.

 

Redigir um verso elaborado,

Onde mostraria…

Onde seria, relembrado

Que por ela, tudo faria.

 

No entanto tanto fica por escrever…

E tanto mais fica por dizer…

Sobre aquela que meu coração faz bater.

 

Pois nem todas as palavras e poemas,

Poderão um dia chegar,

Para que entendas

O quanto meu coração está a jorrar.

 

Entre lamechices e sentimentos metaforizados

Quase transcendentais…

Relembro momentos passados,

Perdidos nos anais.

 

E tua face em minha mente,

Tuas peculiaridades e forma de ser.

Deixam minha cabeça animada

Sem te conseguir esquecer.

 

Mas no entanto tanto ficou por escrever…

E tanto mais ficou por dizer…

Sobre aquela que meu coração faz bater.



publicado por pseudo-poeta às 23:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Me debato diariamente

Na busca, pela luz, no firmamento

Caminho estupidamente

Excedendo sentimento.

 

Garras de penumbra,

Me atraiçoam o caminho

Meu olhar nada vislumbra

No firmamento mesquinho.

 

Desgasta minha perseverança

O nada atingir.

Minha vista nada alcança

E estou a regredir.

 

Não têm luz, o firmamento.

E sou vencido pela fraqueza,

Cresce em mim o desalento,

E a nojenta tristeza.

 

Nada vejo, para além deste instante

O futuro não é sorridente…

Perdido viajante

Na severa corrente.



publicado por pseudo-poeta às 22:07 | link do post | comentar

Terça-feira, 29 de Março de 2011

Sou dependente.

Consciente e inconscientemente.

Sou vítima de um flagelo benevolente.

Que fustiga meu corpo, e minha mente.

 

A mais delirante das drogas de mim se apoderou.

Lhe abri meus braços, e ela me apertou.

Fazendo de mim o que agora sou.

Foi droga que me aperfeiçoou.

 

Corre livre por minhas veias,

Tecendo em mim suas teias.

De cores belas. E não feias,

Apertando-me em suas correias.

 

Sou dependente… desta dependência

Não lhe mostro resistência

Exijo sua permanência,

Não vivo na sua abstinência.

 

Sou dependente… desta dependência.



publicado por pseudo-poeta às 01:55 | link do post | comentar

O tempo passa e vou mudando.

A vida passa e vou derreando.

Perdendo velhas convicções.

Criando novas razões.

 

Já não sou deste lugar…

Não sou de nenhum lugar…

 

Vigília anómala aquela que tomei,

E o peso das demasiadas vezes que errei,

Faz-me ver que não sou deste lugar,

Faz-me perguntar se sou de algum lugar.

 

Olho em volta, e já nada disto me é familiar.

Já nada brilha como era costume brilhar.

Tudo é um imenso tédio, que não consigo suportar,

Divago fugindo, farto de aqui estar.

 

Por já não pertencer a este lugar…

Se ao menos… encontra-se um lugar.



publicado por pseudo-poeta às 01:53 | link do post | comentar

Quarta-feira, 23 de Março de 2011

Caio no erro, de escrever sobre o que escrevo.

Caio no erro, de pensar nos meus pensamentos.

E nisto resulta minha pseudo-poesia.

Tristes líricas de meus lamentos.

Quem sou eu para chamar a isto poesia…

- Ninguém!

Mas, há quem diga tanta coisa, ou pense dizer, que diz alguma coisa.

Que se estou enganado, não é por maldade.

São nestas escritas, onde vendo minha identidade,

Onde mostro ao cosmos, a minha visão, destorcida da realidade.

Onde procuro abrigo.

Onde me escondo e expludo…

Onde me calo e fico mudo…

Que encontro uma certa libertação.

Nestes textos…

Nestes insignificantes textos.

Sou alguém, sou criador.

Ninguém, jamais escreveu…

O que eu escrevi, com as palavras que escolhi

Com as letras defeituosas de minha caligrafia.

É minha “pseudo-poesia” o resultado ingénuo de minha fantasia.

Uma reprodução fiel, de mim, em papel.

São os meus desejos libertados…

Meus sonhos fantasiados.

 

É minha pseudo-poesia, minha terapia.



publicado por pseudo-poeta às 22:47 | link do post | comentar

Apneia cerebral…

 

Era o que eu queria ter,

Um deixar de pensar automático do corpo

Um desligar do cérebro, do ser.

Viver com um imenso oco na cabeça…

Ter nela um imenso nada…

Que me obriga-se a pensar em nada.

Um rompimento com a realidade.

Provocado por uma apneia cerebral…

Um “click” integral

Que desligasse a minha acção cortexial.

Seria estupendo, viver na insignificância…

De não cogitar. Na iniquidade da estupidez.

Não sou inteligente, mas queria a plena, completa ignorância…

Ela ia-me trazer lucidez.

E o simples e o complexo teriam a mesma importância.

Iria inventar-me de novo a mim próprio,

Refazer minha personalidade.

 

Ou então, NÃO!!!

 

Faria tudo da mesma maneira que sempre fiz.

E continuaria a pensar… a ser infeliz.

Porque pensar me diferencia dos animais.

Porque pensar me influencia a pensar mais.



publicado por pseudo-poeta às 22:44 | link do post | comentar

Adia, vai chegar o dia…

Em que tudo vou fazer

Projectos meus vou realizar,

Sonhos meus vou abandonar.

Vai chegar o dia…

Em que mil palavras te vou dizer

E dizer-te, tudo o que és para mim.

Vai chegar o dia…

Dia esse, em que o mundo me vai ouvir…

A gritar, blasfemar, até mesmo grunhir.

Tenho certezas absolutas que isso se vai concretizar.

Vai ser espectacular… vai ser assombroso.

Vou deixar de estar fechado em mim mesmo.

Tudo isto vai fazer sentido,

O grito mudo vai ser ouvido…

Vai chegar o dia…

Esse dia vai chegar…

Estou certo.

Tão certo é esse dia chegar,

Como minha vida acabar.

Mas nos entre tantos, nestes pálidos adiamentos

Vou chocando em meus pensamentos.

E vou adiando…

 

Vai chegar o dia…

Vai chegar o dia…

 

Mas não é hoje.

Talvez amanha, ou depois…

Ou para a semana que vai vir,

Ou então numa outra vida.

 

 

Mas esse dia, esse dia vai chegar.



publicado por pseudo-poeta às 22:41 | link do post | comentar

Ó quase milenar cidade,

Desprovida, de vaidade

Desprovida de verdade,

Arrogante calamidade.

 

Tua cor acinzentada…

Uma cor fria e deslavada.

Mostra tua calma enervada,

De gente resignada.

 

Tuas ruas conspurcadas…

Por bestas habitadas

Ruas tuas vandalizadas

Por criaturas castradas.

 

Ó cidade fria, complacente…

É pouco gente, tua gente.

É pouca a esperança a ti inerente.

É forte a força da corrente…

 

Da corrente, que aqui me prende.

A esta gente que não me entende…

A esta cidade que me ofende…

-Aí meu corpo se arrepende!



publicado por pseudo-poeta às 22:38 | link do post | comentar

Terça-feira, 22 de Março de 2011

Queria guardar para sempre

Este delicioso momento

Prende-lo em mim…

Sempre, no pensamento.

 

Sou decrépito, e fatalista,

Nos momentos em que estas ausente.

Sou feliz, e optimista,

No delírio de ter á minha frente.

 

Uma espécie de algo superior

Preenche o vazio do meu ser

Cessa o tormento e a dor

Por somente por perto te ter.

 

Existem gananciosos

Que tudo querem possuir…

Nos meus desejos mais audaciosos

Apenas te quero ver sorrir.

 

Ser culpado da tua alegria,

Culpável da tua felicidade.

Mas não vejo chegar o dia,

Em que tudo não seja irrealidade.

 

Vou recordando os pequenos,

Maravilhosos, momentos

Vividos na tua presença

Tentando arranjar argumentos,

Para que a dor não me vença.



publicado por pseudo-poeta às 23:07 | link do post | comentar

Não têm os dias sentido

Sem te ter por perto.

Tudo parece perdido,

E nada…nada é certo…

 

Somente a mágoa em meu olhar

A insuportável solidão

A dolência em meu pensar

E a queda na depressão.

 

A vida seria perfeita, teria perfeição,

Se possível fosse te abraçar.

No mundo existiria razão

Se contigo pudesse estar.

 

Cessaria meu tormento,

Morreria minha dor

Fugiria meu sofrimento

Na força do teu calor.

 

E vou mantendo em mim

Algo semelhante a uma crença

A que tudo ponhas fim

Com o brilho de tua presença.

 

Dá sentido aos meus dias…

Dá sentido a este lugar…



publicado por pseudo-poeta às 22:49 | link do post | comentar

Olho o mundo e seus habitantes…

Ambiciosos, mentirosos, arrogantes.

Tantas juras acabam por fazer

Promessas feitas a quem aparecer.

Sentimentos fingidos, inventados,

Para seres perfeitos, ávidos de serem enganados.

Tenho orgulho em minha diferença…

As palavras que digo, não são ofensa.

Tenho orgulho no que sinto,

No que escrevo, no que digo, não minto.

Sou contrário á maioria

Servo fiel de minha utopia.

Não consigo fingir, ser enganador

Não consigo falsear meu fervor.

O engano e a hipocrisia…

São para mim heresia.

São pequenas grandes facadas,

Setas envenenadas em minha mente cravadas.



publicado por pseudo-poeta às 22:47 | link do post | comentar

Num mundo de incertezas

Estou mergulhado,

Acidas fraquezas

De mim resignado.

 

Afirmo nada afirmar

Nem de nada ter certezas…

A não ser deste sentimento,

Meu. Desde minhas profundezas.

 

Ao te ver, tudo se transfigura

Nascem cores, perante minha escuridão.

E o sol entra pela fissura,

Liquefazendo minha abstracção.

 

Certezas tenho, sobre o que sinto,

Tenho certezas, e jamais te minto.

 

Regenera meu mundo imperfeito

Aclama-o com tua presença.

Concerta-o. Esta desfeito…

Cura minha doença.

 

Certezas tenho, quando digo idolatrar-te,

Tenho certezas, que isto é amar-te.



publicado por pseudo-poeta às 01:11 | link do post | comentar

Segunda-feira, 21 de Março de 2011

Perante este mundo horroroso

Me resta tua perfeição…

Que torna tudo radioso.

Até minha frustração.

 

Neste mundo sem sentido

Dou graças a tua sublime perfeição,

Ao me sentir perdido

Nela vou procurar razão.

 

Nesta decadência interminável

Subsiste tua perfeição,

Teu sorriso amável

Fonte de minha inspiração.

 

Sublime perfeição, a do teu ser.

Amor ardente em mim faz crescer.

Perfeição sublime… meu renascer.



publicado por pseudo-poeta às 22:44 | link do post | comentar

Vigilante pela noite imensa.

Nuvem de pensamentos densa.

 

O não dormir…

Um acto recorrente.

No desvelado…

Me perco na torrente.

 

Quero fechar meus olhos.

Mas meu cérebro não deixa

Já estão pesados…

E o corpo se queixa.

 

Lá fora os sons silenciosos,

Da branda calmaria.

São tormentosos

Para minha selvajaria.

 

Mas se o dia traz o sol

Na noite vejo a luz

Encontro nela um farol

Que é minha cruz.



publicado por pseudo-poeta às 02:25 | link do post | comentar

Se brandem no marasmo

Repugnante que é sua profissão.

São putas sem orgasmo…

Que degolam a nação.

 

Anormais duendes de dentes aguçados

Roubam, dilaceram a plebe.

Bem vestidos e engravatados.

 

Caos! Recorrente e insuportável…

Demasiados impostos, cintos apertados.

Burrice intolerável

Dos loucos que estão vendados.

 

Caótica mentira…

Verdade enganosa…

Vendidos por uma lira

A uma Europa venenosa.



publicado por pseudo-poeta às 01:49 | link do post | comentar

Sexta-feira, 18 de Março de 2011

Finda mais um, melancólico dia

Igual a tantos outros dias.

Eclode de novo a hemorragia,

Por entre as minhas devassas agonias.

 

E vou fumando cigarros…

E pouco mais…

 

Descarrila de novo o meu ser interior,

Num pensamento abstracto

Proliferado pela exultação, sem fulgor

Deste eu putrefacto.

 

Acendo mais um cigarro…

Aspiro o seu fumo acinzentado

 

Desorientado, enxovalhado, pelo cansaço,

Cambaleio pelo tenebroso corredor

Penso no que digo, no que faço…

Na vida, no mundo, no amor.

 

E fumo mais um cigarro…

E pouco mais…

 

Cósmicas colisões ocorrem

Na minha inábil cabeça.

Brilhantes ideias correm,

Até que eu me aborreça…

 

E vou fumando cigarros…

Acendendo cigarros…

E pouco mais…



publicado por pseudo-poeta às 01:46 | link do post | comentar

Terça-feira, 15 de Março de 2011

Sou eu um pseudo-poeta

Um pseudo-intelectual.

No fundo, um pateta

Arrastando-se no banal.

 

Um pseudo-pensador…

Um pseudo-lunático…

Escravo do amor,

E de um pensar errático.

 

Um pseudo-tudo…

Que no fundo nada é,

Apenas um carrancudo

Que há muito perdeu a fé.

 

Pseudo-versos…

Pseudo-poemas…

Livres expressos,

De meus dilemas.

 

Pouco mais que uma ambição…

Uma pseudo-fantasia.



publicado por pseudo-poeta às 02:48 | link do post | comentar

Resumido a mim mesmo…

 

A esta elipse errante,

Onde meu ser se desloca.

A este pensar aberrante,

Que meu olhar desfoca.

 

Cravados em minha mente,

Estão todos os sonhos não realizados.

O amor ardente…

E os anseios traumatizados.

 

Na minha discordante

E pestilenta inteligência

Sou ignorante…

Na minha existência.

 

Deambulando

Na insignificância de ser eu…

Rastejo… rastejando

No mundo que sempre me fodeu.



publicado por pseudo-poeta às 01:53 | link do post | comentar

Domingo, 13 de Março de 2011

Já fui julgado…

A miséria condenado…

Do báratro atirado,

 

Por isso, prende

Minha identidade

Dá azos á tua

Crueldade.

 

Aprisiona meu físico.

Dilacera-me sem compaixão.

-Ó dor minha…

-Não mostres perdão!

 

Investe sobre mim

Sem qualquer clemência.

Rasga meu corpo,

Declara minha decadência.

 

Vai mais longe…

Aniquila-me por completo.

Faz-me evaporar,

Oblitera-me sem afecto.

 

Propaga em mim

O fogo celestial.

Sou festim…

Para a boca de um qualquer animal.

 

Consome-me por inteiro.

Mata-me, dor minha…

Não me faças teu prisioneiro.



publicado por pseudo-poeta às 22:23 | link do post | comentar

Sexta-feira, 11 de Março de 2011

Que sitio este…

Onde o sol teima em não brilhar

Que caverna escura…

Onde acabo, por me deitar.

 

Rastejo humildemente

Na direcção deste meu abrigo,

Para este local medonho,

Onde me encontro comigo.

 

Canto de uma sala cheia

Onde me sinto tão sozinho,

Ignorando quem me rodeia

Insisto no meu caminho.

 

Sucumbindo a este meu mundo

Me vou a tudo alienando

Caio num imenso profundo

Na escuridão marchando.

 

Um sopro de descrença

Sopra dentro de mim

Desejo, tua presença…

Para toda esta dor ter fim.



publicado por pseudo-poeta às 01:59 | link do post | comentar

Sábado, 5 de Março de 2011

Vem daí…

Entorpece meus movimentos.

Vem daí…

E faz estagnar meus pensamentos.

 

Vem daí…

E cobre meu rosto,

Com o pano ensopado.

Sou rei deposto,

A quem tudo foi roubado.

 

Vem…

E faz-me ruir,

Na eterna penumbra.

Onde o Diabo está a rir,

E a luz não se vislumbra.

 

Anestesia-me…

Adormece o meu ser.

Inalo clorofórmio

Na ânsia de tudo esquecer.

 

Um descanso imediato

Se abate em mim…

Não tenho trato,

Para este doer ruim.

 

Vem…

E engana esta dor,

Faz-me cheirar

O anestésico sem sabor.



publicado por pseudo-poeta às 15:17 | link do post | comentar

Sexta-feira, 4 de Março de 2011

Desloco minha vontade, inerte.

Pelos trilhos trilhados por minha mente.

Tomando como direcção, lugar nenhum.

Já nada me fascina, já nada me diverte.

Por aqui fico, ambiguamente.

Consumido por este jejum.

 

-Raios partam, tamanho mal-estar!

 

Fico só, com os meus pensamentos.

Com esta estranha forma de tudo questionar.

Enclausurado nesta minha dor.

Relembrando os fugazes momentos.

Em que respostas consigo encontrar,

No delírio do seu calor.

 

Mas a queda é iminente…

E o precipício, um fado certo.

Não temo o buraco, e a sua escuridão.

Reconheço que no fundo há gente,

Que do inferno esta mais perto.

Mas mesmo assim, dói esta solidão.



publicado por pseudo-poeta às 01:34 | link do post | comentar

Quarta-feira, 2 de Março de 2011

Do suor da batalha

Sempre travada,

Se ergue a coragem

Daquela mulher louvada.

 

Às lutas, as costas…

Jamais ou nunca voltou.

De uma força sobre-humana

Contra tudo, sempre, lutou.

 

Entre os percalços

De uma vida fustigada…

De peito aberto marchou,

Sob a ténue luz da alvorada…

Jamais retirou.

 

Não temendo nenhuma contenda,

Nunca pronta a desistir.

Sua força tremenda

Todo o mal faz ruir.

 

Estes versos, mais não são

Que uma pequena homenagem,

Uma pequena demonstração

De toda a minha vassalagem.



publicado por pseudo-poeta às 23:52 | link do post | comentar

Terça-feira, 1 de Março de 2011

Faz me voltar ao passado.

Mas a uma vida que não a minha…

 

A um sítio perfeito.

 

Sem responsabilidades…

Ou preocupações…

Sem contrariedades…

Ou inquietações…

 

Faz-me voltar aos tenros anos…

 

Em que não se pensa em nada…

Se não em correr, saltar, brincar…

No fundo em viver…

Sem ao mundo ligar.

 

Faz-me voltar a idade da inocência…

Onde dava as mãos a inconsciência,

E desfraldava bandeiras

De uma verdadeira liberdade.

Diz a natureza, e a ciência

Que não queremos crescer…

E enfrentar a realidade.



publicado por pseudo-poeta às 01:07 | link do post | comentar

As vezes custa, ser eu…

Custa pensar como penso.

Ser um filho de Prometeu,

Vivendo num mundo sem consenso.

 

Custa sentir o pensamento fluir,

Mas do buraco não sair.

Custa sentir o sentimento crescer,

Mas não te poder dizer.

 

Custa ser eu, e o eu inerente a mim,

Custa este tanto querer, sem fim.

Custa carregar o peso daquilo que sou,

Mais da melancolia que me abraçou.

 

As vezes custa ser, este ser,

Que tudo teima em controverter.

As vezes custa ser, esta identidade,

Que ambiciona uma irrealidade.

 

As vezes custa ser eu…

E não ser completamente eu…



publicado por pseudo-poeta às 01:05 | link do post | comentar

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