Invoco memórias de ti
Em minha mente.
E mesmo que não queira,
Tenho-te em meu pensar sempre presente,
Nas mil e uma imagens que criei.
Nos versos, só teus, que te dediquei,
No sonho que nunca abandonarei…
Mesmo crente que nunca te terei.
Falar de ti…
É ver no mundo alguma beleza…
-Alguma? Não, toda e qualquer beleza,
No desperto sentimento que transbordo com clareza.
Nesta minha demanda para exemplificar
Por palavras o que tu és para mim.
Mas não há palavras ou versos
Não há neste mundo nada que o possa demonstrar.
E já escrevi mil vezes, esta situação.
Nela me perdi mil vezes, sem conclusão.
Mas volto a escrever de novo, que és minha perdição…
Que és o alento que me faz bater o coração.
A ti me rendo.
A ti me dou.
Não me prendo,
Na insignificância do que sou.
Imutável é tudo o que eu sinto,
Em relação ao teu maravilhoso ser.
Defendo com instinto,
Que és razão de meu viver.
Choro, caem lágrimas por meu rosto
Na fatalidade da não correspondência,
Meu coração decomposto
Se ergue aos céus pedindo clemência.