Vi-me… fora de meu corpo,
Lá fora, correndo desgovernado.
Pisava o chão descalço…
Num acto tresloucado.
Inspirava ar…
Expirava demência,
Corria sem parar
Voando em imprudência.
Farto-me do tédio…
Mas, temo a mudança.
Queria um intermédio
Que equilibrasse a balança.
Os dias entediantes…
Massacram ao passar.
As mudanças angustiantes…
Fazem o mesmo, ao voltar.
E olho para mim…
De fora de meu corpo…