Eles têm as mãos e os pés atados.
Eles vivem… mas estão condenados.
Fingem ser livres, e abraçam a ilusão,
Fingem voar, sem tirar os pés do chão.
Consagram-se a si mesmos sem pudor,
E fazem aparentar, que entre si, há amor.
São traços errantes, obrados, por uma criança,
São a oferenda vã, que a besta amansa.
Negoceiam a vida e a morte,
Digladiando-se pelo azar e pela sorte.
Foram á lua, violaram o mar,
Sentem-se estranhos, em qualquer lugar.
Domaram tigres e leões,
Encheram-lhe os estômagos de vilões.
Mostram a cor dos dentes, em fingimento…
São lacaios supremos do arrependimento.