O frio corta
A luz da noite nada exorta,
Ergo-me. Saio… fecho a porta.
Olho o céu nocturno, cativante,
Tomba-se em mim o brilho estrelar de rompante.
E invejo a estrela que brilha menos, por ser tão brilhante…
Invejo-a por estar ali… tão distante.
Brilham todas, por cima de toda a tristeza
São servas da sua própria beleza,
Humildes centelhas de realeza,
Testemunhas de minha pobreza.