Era noite tardia quando voltou.
Trazendo consigo uma ânsia descomunal.
Pelas mãos do homem pequeno brotou,
Tal qual raio que desce do céu em diagonal.
Senti-a em todo o meu ser…
E dei-me sem repulsa á sua vontade.
Ela é o que podeis aqui ler,
Nascida num impulso de insanidade.
Nem o nexo trouxe consigo,
Ou por palavras elegantes se fez acompanhar.
Simplesmente desceu comigo,
Ao fundo do fosso onde ninguém quer entrar.
Premiu botões, e mexeu alavancas,
Sem eu, o ter percebido…
De meu cofre abriu todas as trancas,
E agora escrevo possuído.
Regressou, ao partir de alguém,
A inspiração ou algo semelhante.
E agora escrevo nada, para ninguém,
Ao pulsar de uma luz pulsante.