Terça-feira, 19 de Junho de 2012
Acorda animal!
Serás sempre besta, nunca bestial.
A teus olhos, pensas ser alguém…
Para os outros és nada, és ninguém.
Eu não sou melhor que tu,
Nem sei se chego a ser igual.
Sou tão besta como Belzebu
Tirando a parte de não fazer o mal.
Mas que interessa isso nos tempos correntes?
Que diferença faz?
O mundo pertence aos valentes
E tu, só de ser besta és capaz.
Amor-próprio, deixei de o ter…
Sou o meu mais acérrimo crítico.
Sou a besta que podeis ver,
Com a bestialidade como poder mítico.
Nem me conforto, contrariando-me…
Não desminto a besta que sou.
Daqui levanto-me…
Deito-me… na réstia de humanidade que em mim sobrou