Segunda-feira, 9 de Julho de 2012
Ficamos sós, eu e a noite de sempre.
Num vazio imenso de luz acabada,
No silêncio supremo, de não se ouvir nada.
Tocamos as mãos como dois amantes,
Que se perderam na loucura do seu amor…
Fundimos nossos olhares distantes,
E deliramos em nosso próprio horror.
Harmonia perfeita por nós partilhada,
Enquanto eu,e a noite nos consolamos,
Não nos fingimos, pela madrugada…
E segredos, sem palavras, a nós conta-mos.
Perdemo-nos em naufrágios repentinos,
Admiramos as estrelas que teimam em brilhar.
Somos vitimas sem perdão de nossos desatinos,
Somos apenas a solidão a falar.
Lá fora, sopra o vento, sempre gelado.
Tenho a cabeça estragada, deteriorada.
Maldita noite amaldiçoada…