Quinta-feira, 1 de Novembro de 2012
Atravessa-me a mente uma nitidez deturpada,
E uma conclusão inconclusiva,
Que tudo leva ao nada,
E que é este o único desígnio da vida.
Deformados são os sonhos,
Que me conquistam o subconsciente,
E eu, vitima sou de uma letargia transcendente,
Deitado no sofá.
Minha alma, que tão pequena é,
Acomoda-se na fresta deixada entre o meu corpo e as almofadas aveludadas,
E o corpo esmifrado de meu ser,
Imóvel permanece ao fustigar das facadas.
Não há expectativas, nem rotas de fuga…
Apaguem a luz!
Por favor apaguem a luz!
Hoje não quero ser incomodado,
Não quero ver o sol, não quero ver a rua, não quero nada…
Quero apenas a permanência neste limbo de tortura,
E esta doença sem cura.
Os grilhões que aqui me prendem, vão-se tornando mais fortes, e pelo que vejo, a cada dia passado existem mais razões para os deixar, me agrilhoar…
A luz permanece apagada, camuflando o vai e vem de berrantes pensamentos…
E o meu desejo maior era a vaporização de todos eles, e de meu pensar também…