Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012
O fumo…
O fumo das chaminés…
O fumo de todas as chaminés do mundo!
De todas essas chaminés que amarguram a paisagem e brotam de si: fumo…!
Fumo que polui os céus, fumo que nos entra pelas narinas, pelos ouvidos, pelos olhos, pela própria boca, e alcança o nosso cérebro… e o desfaz, o decompõe em miséria, em quase merda… ou merda mesmo…
O fumo das chaminés, que enegrecem um dia, já por si negro, uma vida só por si enegrecida… O fumo…
O fumo das chaminés… dessas chaminés que se acham superiores e altivas.
Mas se há fumo, não há fogo…
E tudo se dissipa, por entre ventos de tempestades furiosas, por entre os segundos e horas e dias em que o fogo extinto faz elevar aos céus o fumo que brota de chaminés, altivas, falsas e mentirosas.